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Você: Ator Principal

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Assisti semana passada a um vídeo do Clóvis de Barros Filho onde ele versa sobre o existencialismo de Sartre e toca no tema do protagonismo, o que me inspirou a escrever esse texto.

Meus amigos, permitam-me começar pelo fim, meio que invertendo a ordem das coisas. Chegaremos a uma conclusão, prometo.

Ao longo do último ano, estudando PNL e coaching, deparei-me com algo tão simples, mas tão eficaz, no que diz respeito a se tornar o protagonista de nossas vidas.

Tanto verbalmente quanto em nossa representação interna, cedemos nosso poder de agir, nos colocando como vítimas das circunstâncias. Isso fica muito claro ao analisarmos nossa abordagem frente à vida, quando transferimos o poder e sujeito da frase para pessoas, coisas e situações.

É muito comum ouvir frases do tipo “o trânsito me irrita” ou “fulano me tira do sério”.

Qual o poder que temos em situações assim?

Muito maior do que você imagina.

Experimente trocar por “eu me irrito com o trânsito” ou “me incomodo com fulano”. Você, como sujeito, pode fazer algo… como predicado, é vítima.

Se no padrão verbal já sentimos diferença, agora imagine viver anos se comunicando com o mundo e consigo mesmo de uma forma tão limitante.

Já falei aqui da importância da tríade da mente: fisiologia, linguagem e representação interna. Os três se influenciam profundamente e uma linguagem incompatível com seus objetivos de crescimento não permitirão que saia do lugar.

Como parte do processo depressivo, lembro-me de ter vivido meses, talvez anos com essa mentalidade. No fundo do poço tudo meio que perde o sentido e você passa a não ligar mais para ser ou não protagonista em sua própria vida – a única coisa que realmente importa nos piores estágios da depressão é acabar com a dor. Nesse caso, recomendo procurar ajuda profissional o quanto antes.

Entretanto, há um caminho até o fundo desse poço e você não precisa chegar lá para sair – pode voltar e subir pela corda! Começar a enxergar o mundo como fruto de nossas escolhas é um passo mais do que importante. Com ele, passamos a nos sentir responsáveis pelo que acontece à nossa volta e somos impelidos a fazer alguma coisa.

Usando outra perspectiva, concluímos que temos um lugar no mundo e nossas ações influenciam nosso estado e o estado dos outros, com os quais nos relacionamos.

Meu caro leitor, tudo está interligado e exige ação e atitude.

Um dos pressupostos da PNL diz que… “se o que você está fazendo não está funcionando, faça outra coisa. Qualquer coisa”.

Fazer escolhas exige assumir responsabilidades e, muitas vezes, é onde a maioria pára. Se considerarmos que as nossas ações dependem das nossas escolhas e falhamos no início, não saímos do lugar.

Emperramos.

Vegetamos.

Isso nos traz uma conclusão interessante sobre a sociedade.

Olhe em volta.

Perceba, sinta como as pessoas agem em suas vidas.

Escute as reclamações típicas que são propagadas pelas redes sociais, por telefone, na empresa…

Entenda como a zona de conforto faz com que a grande maioria das pessoas limite-se a vegetar.

Subesistir.

Você se inclui na grande maioria? Não se assuste.

Você acorda pela manhã sem propósito e no automático?

Escova os dentes atrasado, corre para a cozinha, faz o café… vai ao banheiro, toma banho, veste-se.

Pega as coisas do trabalho, as chaves, dá um beijo ou abraço nas pessoas que compartilham da sua convivência, enfrenta o trânsito, faz algo no trabalho, retorna, beijo nas pessoas, banho, TV e cama?

Está há 3, 10, 20 anos fazendo a mesma coisa? Sendo coadjuvante na sua própria vida? A vida está acontecendo à você?

Você provavelmente perdeu a capacidade de questionar a sua vida.
Dica: nada vai mudar para melhor se você não fizer algo diferente.

Indo além, você agora tem medo de questionar algo e isso provocar qualquer abalo, mesmo que superficial, na sua condição de conforto.

Se está “funcionando”? Ah, mais ou menos… você vive falando que a vida anda uma droga, mas continua fazendo mais do mesmo.

TODOS OS DIAS da sua existência… você escolheu ceder o seu protagonismo aos outros para se manter numa zona que você acha confortável.

Já ouviu a história do sapo cozinhado? A água vai esquentando lentamente e o sapo lá, só curtindo… até que a água fica quente demais e ele morre sem perceber.

Querido leitor, entendeu agora aonde quero chegar?

Não importa sob qual ângulo você tente enxergar a situação, alguns são vítimas em múltiplos níveis, quer seja da sua zona de conforto, do seu comportamento ou da cessão de responsabilidade ao universo.

Oh vida, oh céus! Que mundo injusto!

Permitam-me concluir mostrando algo que a maioria não vê:

O mundo de hoje é um mundo disruptivo, totalmente diferente de 10 ou mais anos atrás.

Antigamente, uma tecnologia levava décadas para afetar a vida das pessoas. Hoje, leva semanas, meses, talvez um punhado de anos.

Isso tem um impacto direto no seu trabalho. Novas profissões inteiras estão surgindo todos os anos e outras desaparecendo!

Eu trabalho com tecnologia desde os meus 17 anos. Conheço não uma nem duas… Mas algumas pessoas que não só perderam o emprego como ficaram desempregadas porque suas áreas de atuação deixaram de existir.

Isso não está acontecendo apenas com quem trabalha com tecnologia, basta perguntar a um ex-funcionário de vídeo locadora, a um profissional que revelava fotos, trabalhava em loja de discos, agência de turismo, a um taxista…

O mundo está mudando numa velocidade nunca antes possível. Já o ser humano é o que é por ter a maior capacidade de se adaptar dentre todos os animais… Ou seja, a vida atual pode ser um mar de oportunidades ou uma condenação, dependendo apenas da nossa atitude ou falta dela.

Agora, como isso afeta você?

Será que sua zona de conforto hoje é um conforto de fato ou uma condenação? Você se tornou um sapo?

Para finalizar, volto à Sartre:

“O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo”.

Meus queridos, tudo isso é material para nos fazer pensar. Não cabe a mim julgar ninguém, qualificar a vida que uma pessoa leva, quais seus interesses ou onde reside seus sonhos.

Entretanto, fato é que o mundo muda e a zona de conforto de alguns pode deixar de sê-la por causa dessas mudanças. É melhor fazer algo tornando-se protagonista da própria existência do que permitir que o barquinho seja invariavelmente levado pela correnteza.

Desafie-se. Questione e questione-se. Mova-se! Seja o ator principal da sua vida, o palco é seu.

 

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